Bolton, que é amplamente considerado um partidário da guerra em política externa, conversou com The Hill na quinta-feira (3) após escrever um artigo de opinião que foi publicado na terça-feira (1º).
Na entrevista e no artigo, Bolton criticou o governo de Trump por não ser suficientemente agressivo em sua política externa, incluindo em relação ao Irã, Coreia do Norte, Afeganistão, e as tentativas fracassadas do governo de derrubar o líder democraticamente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro.
Durante a entrevista, Bolton disse que Trump "ameaçou a existência da OTAN" em seu primeiro mandato e "quase certamente se retiraria da OTAN" se for eleito novamente em 2024.
Da mesma forma, em seu artigo o ex-conselheiro de Segurança Nacional advertiu que Trump pode não ser suficientemente partidário da guerra na política externa durante um segundo mandato para satisfazer Bolton.
Ele opinou que, "apesar do aumento dos gastos em defesa no primeiro mandato, Trump poderia congelar ou cortar os orçamentos militares na próxima vez", advertindo que Trump pode preferir se concentrar em "projetos de infraestrutura civil".
Ao ser perguntado sobre a Ucrânia, Bolton disse que está "preocupado com a permanência no poder do governo [do presidente dos EUA, Joe] Biden", dizendo o mesmo sobre "muitos europeus".
Trump prometeu acabar com o derramamento de sangue na Ucrânia, forçando ambos os lados do conflito à mesa de negociações. O governo de Biden forneceu mais de US$ 100 bilhões em ajuda militar e outros tipos de assistência à Ucrânia durante o conflito.