Panorama internacional

Mídia: com tensões elevadas, EUA e China decidem criar 2 grupos de trabalho para Ásia-Pacífico

Washington e Pequim estão abrindo novas linhas de comunicação para lidar com questões contenciosas em um dos primeiros sinais de progresso na estabilização das relações desde o começo do ano.
Sputnik
Com o envio cada vez maior de armas para Taiwan e as restrições ao acesso de tecnologias pela China fomentadas pelo lado norte-americano e o telefonema franco e direto do ex-chanceler chinês, Qin Gang, a Antony Blinken antes da viagem do secretário à capital chinesa, as tensões entre as duas potências vêm se elevando progressivamente.
No entanto, China e Estados Unidos criarão dois grupos de trabalho para se concentrar em questões regionais e marítimas da Ásia-Pacífico, e um possível terceiro grupo para se concentrar em áreas mais amplas, disseram três pessoas familiarizadas com o assunto ao The Financial Times.
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De acordo com a mídia, as autoridades americanas e chinesas devem divulgar os detalhes nos próximos meses. O acordo foi discutido quando Yang Tao, um alto funcionário chinês, se reuniu com altos funcionários dos EUA em Washington na segunda-feira (31). Uma quarta pessoa alertou que os dois lados ainda não chegaram a uma decisão final, segundo mídia.
"Este seria o primeiro progresso real em alguns anos na recriação sistemática sobre questões centrais. É uma forma muito importante de reforçar a segurança nacional por meio de comunicação diplomática clara de intenções a um adversário em potencial, tanto para dissuasão quanto para garantia", disse Kurt Tong, sócio-gerente da consultoria The Asia Group.
Essa quarta pessoa também disse que os dois lados estavam considerando uma série de reuniões para abordar questões difíceis com objetivos claros, mas que Washington não estavam recriando os "diálogos" formais que existiam nos governos anteriores, que os críticos agora dizem que estavam muito focados no processo em vez de resultados.
A decisão de criar os grupos ocorre após visitas de altos funcionários dos EUA à China, meses depois que esforços anteriores para reparar as relações foram abortados por causa do suspeito balão de espionagem chinês. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, visitou recentemente a China e a secretária de Comércio, Gina Raimondo, em breve fará o mesmo.
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Contudo, uma ala do governo norte-americano não está satisfeita, e expressa aversão à criação de "diálogos" oficiais ocorre quando os republicanos no Congresso atacam o governo por ressuscitar interações de alto nível com Pequim, que o presidente do Comitê Especial sobre a China, Mike Gallagher, descreveu como "envolvimento zumbi".
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