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Fed deve aumentar taxas de juros para vencer luta contra inflação nos EUA, alerta diretora

As taxas de juros dos EUA, que já estão no nível mais alto em 22 anos, precisam subir ainda mais, já que a inflação permanece acima do nível tolerável para o norte-americano médio, disse a diretora da Reserva Federal (Fed), Michelle Bowman, nesta segunda-feira (7).
Sputnik

"Fizemos progressos na redução da inflação no ano passado, mas a inflação ainda está significativamente acima da meta de 2% do FOMC, e o mercado de trabalho continua apertado, com vagas de trabalho ainda excedendo em muito o número de trabalhadores disponíveis", disse Bowman, referindo-se ao Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) responsável pela formulação de políticas do Banco Central dos EUA.

"Espero que aumentos adicionais provavelmente sejam necessários para reduzir a inflação para a meta do FOMC", completou.
Os Estados Unidos devem divulgar na quinta-feira (10) sua leitura de julho para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que vai mostrar o quanto o Fed ainda precisa avançar com o aumento das taxas de juros.
O IPC, que subiu 3% ano a ano em junho, seu menor crescimento em dois anos, deve ter visto uma expansão ligeiramente mais agressiva de 3,3% em julho. A meta do Fed é de 2% ao ano.
O Fed identificou o crescimento descontrolado de empregos e os salários correspondentemente mais altos — bem como trilhões de dólares em gastos para o alívio das contas durante a pandemia de COVID-19 de 2020 — entre os motivos para a inflação atingir máximas de 40 anos de mais de 9% ao ano em junho de 2022.
Desde março de 2022, o Fed aumentou as taxas em 525 pontos-base em relação aos 25 anteriores. Sua próxima decisão sobre as taxas de juros é em 20 de setembro.
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