De acordo com a Asian Times, a discussão faz parte dos esforços da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de reduzir a atividade econômica de Pequim.
A mídia ressalta que a premiê italiana estaria trabalhando para cancelar a participação da Itália na Nova Rota da Seda da China.
Assim que Meloni retornou a Roma, após encontro com Biden, o ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, descreveu a participação da Itália na Nova Rota da Seda como um ato "improvisado e atroz".
O ministro italiano também afirmou que a Itália está buscando uma forma de romper sua participação, mas sem comprometer as relações com os chineses, já que ao mesmo tempo que o país é um concorrente, também é um parceiro.
Dessa forma, Meloni e Crosetto estão tentando utilizar a estratégia de Biden para lidar com a China, através de uma combinação de poder econômico e ameaça militar.
Sendo assim, Meloni passou a flertar com o perigoso jogo de Biden com relação à expansão da OTAN na região da Ásia-Pacífico, e sanções econômicas, medidas usadas para tentar conter o avanço chinês.
Contudo, especialistas italianos afirmaram que uma possível saída da Itália da Nova Rota da Seda da China seria um grande erro, e que a premiê deveria manter seu foco em fazer mudanças no acordo com os chineses, para buscar uma cooperação mais profunda com Pequim em questões climáticas, paz, segurança e desenvolvimento.
A Itália aderiu à nova rota sob governo anterior, tornando-se o único grande país ocidental a dar esse passo. Crosetto faz parte da atual administração da premiê Giorgia Meloni, a qual está considerando romper com o acordo.
No final de junho, o governo chinês enviou um alto diplomata à capital italiana para convencer Roma a ficar no acordo que tem validade até 22 de dezembro.
Em maio, na reunião de países do G7, o subsecretário do Ministério das Relações Exteriores da Itália, Giorgio Silli, disse que "embora uma decisão final não tenha sido tomada, não há dúvidas de que a Itália pertence estrategicamente ao Ocidente […]", acrescentando que uma posição acontecerá "tendo em conta a reflexão mais ampla em curso com a OTAN, G7 e parceiros da UE sobre a relação com a China", conforme noticiado.