"A Ucrânia tem que mostrar que pode fazer progressos, mas todo mundo sabe que, dado o tamanho da força que eles têm, eles não vão expulsar todos os [soldados] russos da Ucrânia em 2023. E isso nos levará para 2024 e possivelmente para 2025", comentou a situação na frente Richard Barrons, ex-comandante das Forças Conjuntas do Reino Unido.
Ele também sublinhou que no momento atual as Forças Armadas da Ucrânia enfrentam só a primeira linha da defesa russa, que é de cerca de 30 quilômetros de campos minados e fortificações. Esta é uma tarefa impossível para os soldados ucranianos.
Além disso, segundo a publicação, a situação se complica pelo fato de que o país ainda precisa mostrar resultados para que o Ocidente continue seu apoio.
"Obviamente, Kiev precisa demonstrar algo mais tarde para pedir à OTAN e aos EUA que invistam em outra contraofensiva na primavera de 2024", disse o ex-porta-voz da OTAN Jamie Shea à CNBC.
Enquanto isso, como observou a CNBC, na sociedade podem aparecer cada vez mais críticos do apoio ocidental à Ucrânia.
No final de julho, o ministro da Defesa ucraniano, Aleksei Reznikov, disse que a contraofensiva estava atrasada relativamente ao cronograma, mas que supostamente estava indo conforme planejado.
De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, Kiev perdeu mais de 43.000 militares e 4.900 unidades de diferentes equipamentos militares na linha de contato desde o início da contraofensiva da Ucrânia, ou seja, só nos últimos dois meses.