De acordo com a Reuters nesta terça-feira (8), a empresa de armas alemã acusou as forças de defesa finlandesas de violar as regras de concorrência para aquisição, tanto da Finlândia quanto da União Europeia (UE), ao fechar um acordo de dez anos, em conjunto com a Suécia, para comprar fuzis de assalto e outras armas leves da fabricante de armas finlandesa Sako Ltd, de propriedade da italiana Beretta, no mês de março deste ano.
"A aquisição direta em questão significa que as forças de defesa finlandesas não podem abrir licitações para a aquisição de armas até 2053 e podem adquiri-las da Sako", escreve a Heckler & Koch em sua reclamação, referindo-se a três opções de extensão de sete anos até 2053 em o acordo entre as forças de defesa e Sako.
Finlândia e Suécia precisam renovar o armamento padrão de seus exércitos. Helsinque tem fuzis de assalto RK 62 e RK 95 da Sako, e apesar de não ter revelado quanto, possui centenas de milhares de revólveres armazenados para sua força de guerra que possui contingente de 280.000 soldados. Já Estocolmo tem um arsenal de AK 4 e AK 5, sendo o primeiro sueco, uma versão de um fuzil de combate da Heckler & Koch.
As duas nações nórdicas decidiram se juntar à aliança militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no ano passado, em resposta à pressão do Ocidente em sua guerra por procuração contra a Rússia por sua operação militar especial na Ucrânia em fevereiro de 2022.
Segundo as Forças de Defesa da Finlândia, em e-mail enviado à mídia, a aquisição ocorreu de acordo com as regras de concorrência com base nos interesses de segurança nacional do país. A Heckler & Koch GmbH, no entanto, não revelou se havia apresentado uma queixa semelhante na Suécia.