"Temos boas relações políticas com os cinco membros do BRICS, e também buscamos maximizar as relações econômicas com eles", disse Safari na abertura da conferência sobre cooperação entre o Irã e os países do BRICS em Teerã, citado pela agência ISNA.
Segundo o vice-ministro, "o potencial acumulado pelos países do BRICS [...] determina o lugar especial do grupo [no cenário mundial]".
Safari destacou ainda que, apesar das sanções, o Irã ainda possui grande potencial e capacidades nas áreas de transporte, energia, prestação de serviços técnicos e de engenharia, temas que vão ser abordados na conferência.
Desde segunda-feira (7), o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, está visitando o Irã para uma visita de dois dias, com o objetivo de se reunir com representantes do Ministério das Relações Exteriores iraniano. Os tópicos de discussão incluem o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), também conhecido como acordo nuclear, bem como as trocas entre o Irã e o BRICS.
A cúpula do BRICS vai ser realizada entre os dias 22 e 24 de agosto com a participação dos líderes do Brasil, Índia, China e África do Sul. A Rússia vai ser representada pelo chanceler Sergei Lavrov. O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu participar por videoconferência.
O grupo BRICS é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Arábia Saudita, Argélia, Argentina, Bolívia, Indonésia, Irã, Turquia, Bangladesh e Egito estão entre os países que também se inscreveram para ingressar no bloco. O grupo político representa mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) global e 42% da população mundial.