Os restos do sítio paleontológico de Santa Lucía incluem espécies extintas de cavalos, tigres-dentes-de-sabre, preguiças terrestres e pelo menos 500 espécimes de mamutes. Por causa dos últimos achados, o sítio arqueológico ganhou o apelido de Central de Mamutes.
A Central de Mamutes é agora considerado o maior depósito de fósseis do Pleistoceno, que durou de cerca de 2,58 milhões a 11.700 anos atrás na América Latina, de acordo com o INAH.
A descoberta do ovo fóssil de flamingo, descrito por cientistas do INAH em um estudo publicado na revista Historical Biology, contribui para a riqueza deste notável sítio paleontológico. É a primeira da família de aves flamingo (conhecida como Phoenicopteridae) a ser encontrada nas Américas, e apenas a segunda ocorrência de tal descoberta em todo o mundo.
Ossos de flamingos fossilizados já foram encontrados em locais nos Estados Unidos, México, Costa Rica, Argentina, Uruguai e Venezuela. Mas os cientistas nunca antes identificaram um ovo fóssil de flamingo na América do Norte ou do Sul.
Os pesquisadores disseram que o ovo fóssil de flamingo encontrado em Santa Lucía provavelmente remonta entre 12.000 e 8.000 anos atrás.
Ovo de flamingo petrificado encontrado durante a construção do Aeroporto Internacional Felipe Angeles no México
© Foto / José Alberto Cruz Silva/INAH
O ovo em questão mede menos de dez centímetros de comprimento e tem uma largura máxima de pouco mais de cinco centímetros. É alongado na forma, com duas extremidades pontiagudas e nenhum padrão de manchas na casca imaculada.
Para determinar qual ave produziu o ovo, os autores do estudo compararam suas características com as de várias espécies, como o pelicano-branco-americano, o ganso-canadense e o cisne-da-tundra, entre outros.
Por fim, o estudo revelou que o ovo era mais semelhante aos vistos na família Phoenicopteridae, indicando que tinha sido produzido por um flamingo.