O povoado foi desenterrado perto de Tlatelolco – uma área que faz parte da Cidade do México. O sítio está localizado a cerca de 40 km a sudoeste de Teotihuacan, uma antiga cidade-Estado que já foi a força política dominante no Vale do México.
A vila, que foi datada entre 450 e 650 d.C., foi uma das muitas pequenas cidades que ficaram sob a soberania de Teotihuacan, que naquela época era a maior cidade do Hemisfério Ocidental com uma população estimada de pelo menos 150.000 pessoas.
Os arqueólogos descobriram canais, soalhos, fundações de pedra, buracos de estacas e um poço artesiano, juntamente com uma série de objetos de cerâmica que foram usados para datar o local com mais precisão. Também foram encontrados locais de sepultamento de três pessoas: um adolescente e dois adultos.
"Com estas novas descobertas foi consolidada e demonstrada a existência de uma vila de ocupação de Teotihuacan na área de Tlatelolco", explicaram os arqueólogos que dirigiram a pesquisa, Juan Carlos Campos Varela e Mara Abigail Becerra Amezcua.
"As evidências recuperadas neste 2023 permitem considerar que a economia desta vila não devia ser só de autossuficiência e colheita, mas de produção mista, com um aproveitamento lacustre excedente, talvez baseado na caça junto com uma produção artesanal de cerâmica ou lítica, possivelmente especializada", apontam os especialistas.
A predominância de Teotihuacan terminou nos séculos VII e VIII d.C., embora os arqueólogos estejam divididos quanto a se a causa estaria relacionada a fenômenos naturais – mudanças climáticas ou erupções vulcânicas – ou devido a invasores estrangeiros.