Panorama internacional

Em caso de guerra, a Austrália pode atacar bases chinesas no mar do Sul da China, diz especialista

Em caso de uma guerra com a China, a Austrália não tem intenção de atacar o território chinês, mas pode considerar como seus alvos as bases no mar do Sul da China, de acordo com um artigo publicado na terça-feira (8) na edição do Instituto Australiano de Política Estratégica (ASPI, na sigla em inglês).
Sputnik
O autor desse artigo, o professor da Universidade Estatal da Austrália Paul Dibb, observa que o relatório estratégico de defesa da Austrália de 2023 "não prevê atacar o território da China, o que seria uma aposta perigosa para a Austrália".

"Mas atacar as bases militares chinesas no mar do Sul da China e convencionalmente no Pacífico Sul certamente deve ser incluído em nossa futura doutrina de objetivos", sugere Dibb no caso de haver um ataque chinês à Austrália.

De acordo com ele, "se um adversário potencial, tal como a China, desenvolver, como já o faz, várias bases militares no mar do Sul da China [ou no Pacífico Sul no futuro], a Austrália deverá ser capaz de destruí-las, se necessário".

"Se o futuro governo australiano estiver de acordo, os nossos submarinos nucleares da classe Virginia [nos planos de parceria AUKUS] poderão usar mísseis antinavio com alcance de 200 km para atacar as Forças Armadas da China no estreito de Taiwan. Isso pode ser feito de modo despercebido a partir das trincheiras de grande profundidade a leste das Filipinas", observa o especialista.

Em sua opinião, não seria do interesse da Austrália uma derrota dos EUA em seu confronto com a China sobre Taiwan e a tomada da ilha pelo Exército chinês.
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