Pesquisadores da Universidade dos Estudos de Catânia, na Itália, da empresa SpringStyle Tech Design Ltd, do Arquivo Nacional da Romênia e do Politécnico de Milão analisaram cartas escritas por Vlad Drácula e conseguiram descobrir evidências impressionantes que apontam para uma série de doenças de que a figura histórica sofria.
O estudo da equipe examinou meticulosamente três cartas escritas pelo governante medieval, se focando nos resíduos químicos deixados por ele durante o processo de escrita. Durante a escrita, geralmente as pessoas tocam o papel com as mãos – dedos e palmas das mãos. Isso faz com que as substâncias químicas da pele acabem no papel.
Ao aplicar uma técnica inovadora que envolve uso de etileno acetato de vinila, os pesquisadores extraíram as substâncias do papel sem causar dano.
A análise subsequente de espectrometria de massa revelou uma grande quantidade de informações sobre os potenciais problemas de saúde do príncipe. Entre as descobertas mais surpreendentes está a indicação de que o Vlad, o Empalador pode ter sofrido de uma doença genética rara conhecida como ciliopatia, um estado que pode comprometer diversos aspectos da função celular e da saúde dos órgãos.
Além disso, foram detectadas evidências de doença inflamatória, apontando para potenciais doenças do trato respiratório e da pele.
Entretanto, talvez a revelação mais impressionante seja a sugestão de que Vlad Drácula havia sofrido de hemolacria, uma condição rara em que o sangue se mistura com o fluido nos canais lacrimais, levado ao surgimento de lágrimas com sangue.
Os resultados do estudo foram publicados na revista Analytical Chemistry.