Para o especialista, as pessoas estão cometendo um grande erro ao comparar a situação da China e Taiwan, com a da Rússia e Ucrânia, pois tudo não passa de boatos de propagandistas e críticos ocidentais.
Lo também destacou que a situação tem pouco em comum com a Ucrânia, e que na realidade, a referência deveria ser a Coreia.
Para os propagandistas ocidentais, o cenário ucraniano se repetirá em Taiwan e, por isso, o Ocidente resolveu armar Taiwan até os dentes, afirmando que está pronto para defender a ilha em tudo o que for necessário.
Contudo, o especialista explica que a provocação ocidental, liderada pelos EUA, não funcionará com os chineses, que não invadirão a ilha para cumprir os desejos americanos.
O especialista destaca que os EUA não estão poupando esforços em sua "cartada de Taiwan" e expansão da OTAN no Pacífico para conter o avanço chinês.
Contudo, tanto os americanos quanto seus aliados estão completamente enganados se acham que isso ocorrerá, e estão colocando em risco a Coreia do Sul, que pode se tornar um verdadeiro alvo na região, já que um conflito na península coreana seria de baixo custo e facilmente gerenciado por Pequim, enquanto Taiwan teria um elevado custo e extremamente difícil para o Ocidente.
"É impossível prever as intenções chinesas em todas as suas fronteiras [...]. Contudo, uma guerra na península coreana poderia ter menos riscos e mais vantagens para Pequim na atual situação", afirmou por sua vez Francesco Sisci, sinólogo italiano.
Sisci também explicou que um possível bombardeio norte-coreano contra a Coreia do Sul, bem como o envio de tanques e infantaria à linha de cessar-fogo, significaria um grande dano ao Ocidente, e não para a China.
Sendo assim, uma guerra contra a Coreia do Sul ou Taiwan seria igualmente desastrosa para a economia global.
Mesmo que os EUA consigam evitar as ações chinesas contra Taiwan, Pequim poderia aplicar um "xeque-mate" no Ocidente, desestabilizando a Coreia e "promovendo" a unificação coreana, para então chegar a Taiwan, enquanto o Ocidente afunda em uma crise estratégica.