Milei, do partido La Libertad Avanza, foi o candidato mais votado neste domingo (13), com 30,2% dos votos com mais de 95% das urnas apuradas, enquanto a coalizão de oposição Juntos por el Cambio obteve 28,3% e a aliança peronista e governista União pela Pátria - 27,2%.
"Construímos esta alternativa competitiva que dará fim não só no kirchnerismo, como também na raça parasitária, inútil e de ladrões que afunda o país", afirmou Milei em discurso após os resultados.
Milei é economista de formação e ficou famoso comentando o tema na imprensa. Em 2021, foi eleito deputado federal por Buenos Aires.
Suas propostas para a economia, que incluem substituir o peso argentino pelo dólar e fechar o Banco Central, colaboraram para alavancar sua candidatura. Milei também já defendeu medidas como a legalização da venda de órgãos e o fim das escolas públicas.
Seu posicionamento e a forma agressiva de falar renderam ao ultradireitista a alcunha de "Bolsonaro argentino", reforçada por sua proximidade com o deputado Eduardo Bolsonaro.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, em 10 de agosto, o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou um vídeo em apoio ao candidato do país vizinho, dizendo que ambos tinham "muito em comum".
O presidente Alberto Fernández, que não concorreu, afirmou que o país escutou "a voz do povo".
"Agora começa a verdadeira campanha a favor da democracia e dos direitos do povo. Vamos continuar unidos, defendendo a pátria e o trabalho, cuidando dos direitos do povo", afirmou o presidente.
Quando se assinalam 40 anos de democracia, apenas 69% dos argentinos participaram das eleições, sendo a porcentagem mais baixa nas eleições presidenciais do país desde 2011.