Nesta segunda-feira (14), a Marinha dos Estados Unidos se tornou o terceiro ramo das Forças Armadas do país a não ter mais um líder confirmado pelo Senado pela primeira vez na história.
O fato acontece uma vez que o senador republicano, Tommy Tuberville, continua a bloquear indicações militares, impedindo que centenas de indicações militares avançassem, ao mesmo tempo que diz que o Pentágono está usando indevidamente fundos do governo para cobrir custos de viagem para abortos de militares e seus dependentes, de acordo com a Reuters.
Depois que a Suprema Corte norte-americana anulou no ano passado o reconhecimento ao direito constitucional ao aborto, o Pentágono disse que cobriria os custos de viagem para os militares que buscam abortos e até 21 dias de folga.
"Isso não tem precedentes. É desnecessário. E é inseguro [...] este controle abrangente está minando a prontidão militar da América. Está prejudicando nossa capacidade de reter nossos melhores oficiais e está prejudicando a vida de muitas famílias de militares americanos", disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, durante uma cerimônia de renúncia na Academia Naval em Annapolis, Maryland.
Vários estados limitaram o acesso ao aborto desde que a lei foi derrubada, com os militares argumentam que as mulheres militares não podem escolher onde estão posicionadas.
A mídia relata que a aprovação de promoções militares pelo Senado costuma ser tranquila e que o controle de Tuberville não pode impedir que a Casa, sendo de maioria democrata, vote em qualquer promoção, mas pode desacelerar drasticamente o processo.