Esta é uma decisão que evidencia os desafios enfrentados pelo programa de navios de combate litorâneos (LCS, na sigla em inglês) da Marinha dos EUA. A Marinha desativou oficialmente o USS Sioux City, um LCS da classe Freedom, após menos de cinco anos de serviço.
O descomissionamento vem na sequência de questões mais amplas em torno do programa LCS, que foi concebido como uma solução econômica para lidar com a ampla gama de missões por meio de navios de superfície pequenos e ágeis.
No entanto, o programa tem enfrentado desafios persistentes relacionados à adequação dos navios às suas tarefas, confiabilidade e capacidade de sobrevivência. Os problemas com os sistemas de propulsão têm sido constantes e os custos operacionais foram considerados comparáveis aos dos destróieres.
O prefeito de Sioux City, Bob Scott, expressou frustração, destacando o orgulho que sua comunidade sentia por ter um navio com o nome de sua cidade.
"Bem, acho que é uma piada. Quero dizer, eles mobilizaram nossa comunidade; nós aderimos e arrecadamos muito dinheiro [...]. É inaceitável gastar US$ 350 milhões [R$ 1,7 bilhão] sabendo que eles [os navios] são aparentemente um problema e desperdiçar o dinheiro dos contribuintes", disse Scott.
Ele criticou a decisão da Marinha de descomissionar o navio após um investimento financeiro substancial, especialmente considerando as questões que afetam o programa LCS.
O almirante da Marinha aposentado James Stavridis reiterou as preocupações sobre o momento da decisão, já que os EUA estão atrás da China na construção naval. No entanto, ele também sugeriu que o fato de a Marinha se concentrar em sistemas com maior capacidade de sobrevivência contra adversários avançados pode exigir escolhas difíceis.