Parte dos congressistas norte-americanos se opõe a uma nova rodada de ajuda a Kiev após uma previsão negativa da inteligência dos EUA sobre a contraofensiva das Forças Armadas da Ucrânia, relataram fontes ao jornal norte-americano The Washington Post (WP).
Anteriormente Joe Biden, presidente dos EUA, enviou uma solicitação ao Congresso do país para nova ajuda militar, financeira e humanitária a Kiev, de cerca de US$ 24 bilhões (R$ 119,45 bilhões).
"Alguns republicanos estão agora se opondo ao pedido do presidente Biden de mais de US$ 20 bilhões em ajuda para a Ucrânia, dados os resultados modestos da contraofensiva", sublinha na quinta-feira (17) o WP.
O jornal diz que uma avaliação secreta da inteligência dos EUA sobre a contraofensiva ucraniana, prevê, em particular, que os militares ucranianos "não serão capazes de alcançar a cidade-chave" de Melitopol, na região de Zaporozhie. A conclusão dos norte-americanos levou inclusive a escândalos em reuniões a portas fechadas, acrescenta a mídia.
Outros republicanos e, em menor escala, também os democratas mais adeptos do conflito, repreenderam a administração norte-americana por não ter enviado anteriormente armas mais potentes para a Ucrânia.
EUA aceitam entrega de caças F-16 à Ucrânia
Nesta segunda-feira (18), Kajsa Ollongren, ministra da Defesa dos Países Baixos, revelou que os EUA acordaram a entrega dos caças a jato à Ucrânia.
"Eu saúdo a decisão dos EUA de abrir caminho para a entrega de jatos F-16 à Ucrânia. Isso nos permite dar continuidade ao treinamento dos pilotos ucranianos", disse ela em uma postagem no X (Twitter).
"Continuamos em contato próximo com os parceiros europeus para decidir os próximos passos", acrescentou.
A administração Biden aprovou a entrega de caças F-16 da Dinamarca e dos Países Baixos para a Ucrânia assim que os pilotos ucranianos terminarem os treinamentos para operar os aviões, confirmou o secretário de Estado americano Antony Blinken.
Kiev lançou uma contraofensiva em 4 de junho nas regiões a sul de Donetsk, Artemovsk e Zaporozhie, lançando na batalha brigadas treinadas pela OTAN e armadas com equipamentos estrangeiros. Como Vladimir Putin observou, o inimigo não conseguiu obter qualquer sucesso e os patrocinadores ocidentais estão claramente desapontados com esses resultados.
O Ministério da Defesa da Rússia informou em 4 de agosto que o Exército ucraniano perdeu mais de 43.000 homens e mais de 4.900 armas desde o início da contraofensiva, entre junho e julho.