Cientistas afirmam agora saber melhor a aparência de Ötzi, conhecido como Homem de Gelo, que viveu nos Alpes italianos, relata na quarta-feira (16) a agência norte-americana Associated Press.
Ötzi, que viveu há mais de 5.000 anos, ficou congelado no gelo depois de ter sido morto por uma flecha nas costas. Ele foi descoberto por caminhantes em 1991, que o encontraram junto com algumas de suas roupas e equipamentos, incluindo um machado de cobre, um arco longo e um chapéu de pele de urso.
A múmia, que está exposta no Museu de Arqueologia do Tirol do Sul, em Bolzano, Itália, tem sido estudada desde então pela comunidade científica para descobrir mais sobre ela.
Em 2012 foi publicado um rascunho do genoma, mas a pesquisa de DNA antigo avançou desde então, com os cientistas decidindo dar outra olhada nos genes do Homem de Gelo, explicou Johannes Krause, geneticista do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva da Alemanha, e coautor do novo estudo, publicado na revista Cell Genomics.
Ötzi, o Homem de Gelo, traça suas raízes até a atual Turquia
Os pesquisadores usaram DNA extraído do osso do quadril da múmia. Eles determinaram que o indivíduo em questão descende em sua maioria de fazendeiros da Anatólia, a atual Turquia, e sua ascendência sugere que ele vivia em uma população isolada nos Alpes, de acordo com Albert Zink, chefe do Instituto de Estudos de Múmias da Pesquisa Eurac na Itália, outro coautor do estudo.
A cabeça do Homem de Gelo era mais calva e sua pele mais escura do que se pensava inicialmente, segundo as conclusões da pesquisa. Apesar disso, foi concluído que sua aparência no momento da morte não era muito diferente da atual.
Atualmente, a maioria dos europeus tem uma mistura de genes de agricultores da Anatólia, de caçadores-coletores do oeste e pastores do leste. No entanto, 92% da ascendência de Ötzi provinha apenas dos agricultores da Anatólia, sem uma mistura significante com os outros grupos.
Anteriormente, os cientistas pensavam que o indivíduo tinha pele mais clara e era mais peludo em vida, mas que seu cadáver mumificado havia mudado com o tempo.
O genoma do homem também mostrou uma maior chance de obesidade e diabetes, mencionaram os pesquisadores.