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Autoridades monitoram Bolsonaro por risco de fuga do país; Carlos pede fim de 'negócio de prisão'

Nesta semana, caso que pode incriminar ex-presidente ganhou grande impulso com as declarações do novo advogado de seu ex-ajudante de ordens, o qual declarou que o dinheiro da venda de um Rolex foi entregue ao ex-presidente.
Sputnik
Na sexta-feira (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu o título de cidadão goiano, e ao receber a homenagem disse que sabia o risco que correia "em solo brasileiro".
"Estive três meses nos Estados Unidos, no estado da Flórida, realmente um estado fantástico. Mas apesar de ter sido acolhido muito bem, não existe terra igual a nossa. Sei dos riscos que corro em solo brasileiro, mas não podemos ceder", afirmou.
A fala do ex-mandatário se refere às investigações da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma delas, há a suspeita da participação de Bolsonaro em um esquema de venda ilegal de presentes recebidos por ele em viagens oficiais de Estado. O dinheiro obtido com a venda, diz a PF, seria destinado a ele.
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Visto isso, membros do governo brasileiro e da Justiça já monitoram um eventual risco de fuga por parte de Bolsonaro, segundo a coluna de Jamil Chade no UOL.
Ao colunista, membros da alta cúpula do Executivo indicaram que a fala recente de Bolsonaro de que "correria risco" no Brasil acendeu um sinal de alerta. No STF, a percepção vai na mesma direção.

Segundo a mídia, a Corte recebeu um requerimento solicitando uma medida cautelar para que o passaporte do ex-presidente seja retido. A iniciativa foi da deputada Erika Hilton e do deputado Pastor Henrique Vieira, ambos membros da CPMI.

Sem estar indiciado ou nem sequer convocado para prestar depoimento sobre o caso, o ex-presidente pode sair a qualquer momento do país e não existe, neste caso, qualquer possibilidade de que ele possa ser barrado antes de embarcar.
Mesmo assim, a situação é acompanhada "de perto". Um dos temores, neste caso dentro do Itamaraty, é de que uma fuga obrigaria o Brasil a pedir sua extradição, caso ele fosse denunciado, relata a mídia.
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O clima é de tensão para família Bolsonaro, visto que, até o momento, de todos os inquéritos que o ex-presidente responde, a venda das joias é o que mais o conduz a problemáticas criminais sérias.
Seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro, postou hoje no X (antigo Twitter) pedindo que aliados do ex-mandatário "parem com esse negócio de prisão".
Para o ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, o rumo das investigações da CPI do 8 de Janeiro – outra investigação que Bolsonaro está envolvido e que ganhou forte capítulo com o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto na quinta-feira (17) – já dá espaço para a prisão preventiva do ex-presidente.
"A gravidade das acusações de Delgatti denota evidente risco à ordem pública e possibilidade, até, de risco à instrução criminal. Cabe prisão preventiva para investigar. A prisão preventiva de Bolsonaro é uma perspectiva real", disse o ex-ministro ao Estadão.
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