Panorama internacional

Brasil e Cuba buscam retomar as relações bilaterais, diz Amorim em visita a Havana

O assessor especial do presidente brasileiro sugeriu em conversa com o presidente cubano tornar esta "uma relação de grande amizade", tanto do ponto de vista político como econômico.
Sputnik
Celso Amorim, assessor especial de Lula da Silva, presidente do Brasil, falou em Havana com Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba, e lhe expressou sua intenção de restabelecer as relações comerciais e políticas com a ilha caribenha.
Amorim entregou para esse efeito uma carta enviada por Lula.
"Queremos fazer da relação Brasil-Cuba [...] uma relação de grande amizade, que contribua também para a paz em nossa região, porque a paz é o grande objetivo da diplomacia; o crescimento econômico também", disse Amorim, conforme indica o portal da Presidência de Cuba.
Amorim, que já foi ministro das Relações Exteriores do Brasil sob os dois primeiros mandatos presidenciais de Lula (2003-2010), acrescentou que em breve uma missão de empresários do agronegócio e um grupo de especialistas em saúde viajará a Cuba.
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Díaz-Canel, por sua vez, destacou a "reunião agradável" entre os dois altos responsáveis, que durou cerca de uma hora.
"Ratificamos nossa disposição de avançar em setores prioritários e com oportunidades para o desenvolvimento das relações bilaterais em benefício de ambos os povos", sublinhou o líder cubano.
Amorim ainda se reuniu com Bruno Rodríguez, ministro das Relações Exteriores de Cuba, com ambos discutindo a agenda bilateral.
Os dois países têm mantido relações próximas desde que Lula se tornou mandatário brasileiro pela primeira vez em 2003, com a exceção da liderança de Jair Bolsonaro (2019-2022), quando os laços caíram para o seu nível mais baixo. Um acordo de cooperação com um grupo de médicos cubanos, que atuava desde 2013 em várias cidades brasileiras sob o comando da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi inclusive rompido após severas tensões com o governo Bolsonaro.
Neste ano Amorim já participou de missões na Venezuela, na Rússia e na Ucrânia, onde se reuniu com os líderes locais em nome do presidente brasileiro.
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