"Acredito que o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS pode se tornar o emissor de uma moeda digital única para os países do grupo. Nos últimos anos o Sul Global tem abertamente expressado descontentamento com o sistema de funcionamento do FMI e do Banco Mundial. Por isso, o NBD, com a sua política financeira neutra, tem uma boa chance de alcançar um desenvolvimento incrivelmente bem-sucedido no curto prazo", disse Kuwashy.
O economista enfatizou que a vinculação de uma série de moedas nacionais ao dólar tem levado muitas vezes a crises financeiras – incluindo globais. Portanto, a tendência atual de desdolarização é mais do que justificada.
"O abandono do dólar dos EUA pode dar frutos no médio prazo, quando o NBD estiver suficientemente desenvolvido e organizado para realizar transações internacionais complexas. Acredito que, dentro de 7 a 8 anos, veremos uma rápida perda de posições do dólar", opina Kuwashy.
"Em geral, acredito que a moeda do BRICS e essa aliança fortalecerão as economias dos países-membros. O PIB total dos países do BRICS já excede este índice das nações do G7. É evidente que, com o crescimento do bloco, a superioridade do BRICS apenas aumentará. A propósito, este foi um dos fatores por trás do aumento acentuado da popularidade do grupo entre outros Estados", concluiu o economista argelino.