Panorama internacional

Mídia: Alemanha reduz subsídios a empresas que investem na China para reduzir dependência

O país europeu atingiu um nível de comercio recorde com o gigante asiático em 2022, embora os mais recentes dados apontam para uma redução no volume neste ano.
Sputnik
O volume de garantias de investimento fornecidas pelo governo da Alemanha às empresas que investem na China colapsou neste ano, revela um documento do governo citado na quarta-feira (23) pela agência britânica Reuters.
Assim, apenas € 51,9 milhões (R$ 273,58 milhões) foram emitidos até agora neste ano, menos de 10% dos € 745,9 milhões (R$ 3,93 bilhões) em garantias emitidas durante todo o ano passado.
A China se tornou o maior parceiro comercial da Alemanha em 2016, e o comércio entre os países atingiu um recorde de US$ 320 bilhões (R$ 1,69 trilhão) em 2022. No entanto, Berlim teme que a fabricação chinesa cada vez mais avançada represente uma ameaça ao modelo econômico do país europeu.
A operação militar especial da Rússia na Ucrânia, que foi seguida por uma interrupção do fornecimento de energia, destacou ainda mais os perigos da dependência de um único parceiro, escreve a Reuters.
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A nova estratégia da Alemanha para a China, apresentada em julho, disse que os investimentos em fábricas no país asiático poderiam levar à cessão de tecnologias sensíveis e prometeu novas medidas para lidar com o suposto risco de segurança.
Em novembro de 2022, Berlim introduziu limites para o tamanho das garantias oferecidas pelo governo para proteger os investidores de alegados riscos políticos, como a expropriação, que poderiam ser dadas aos investidores em um único país. O objetivo da medida é a diversificação dos países de investimento.
Ao mesmo tempo, as empresas podem investir sem garantias do governo, o que significa que as mudanças reais nos níveis de investimento alemão na China podem ter caído menos. Os dados indicam que a Alemanha exportou 6,2% menos em valor para a China em julho em comparação com julho de 2022.
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