Segundo o analista, os países do BRICS mudaram parcialmente para liquidações mútuas em moedas nacionais em suas negociações, além disso, o bloco pode criar seu próprio sistema de pagamento, o que poderá colocar um fim na hegemonia do dólar em dez ou 15 anos, fazendo com que a moeda desapareça completamente do mercado mundial.
Para Deev, com o comércio em rápido desenvolvimento dentro do bloco, as economias dos países-membros do BRICS impulsionaram o crescimento do bloco.
"Como resultado, a participação do BRICS no PIB mundial ultrapassou os 30%, superando os países do G7 neste indicador. A China já era a economia mais poderosa do BRICS e, nos últimos anos, o seu PIB cresceu por duas vezes. Na Índia e no Brasil o desenvolvimento é ainda mais perceptível e chega a 75%", observou.
Segundo ele, a exportação total dos países participantes é de aproximadamente US$ 260 bilhões (R$ 1,2 trilhão), e a inclusão de países da Ásia, África e América Latina abrirá caminho para alcançar um novo potencial para o comércio interno.
O analista também destacou que a Rússia terá uma vantagem indiscutível, e os novos mercados no norte da África necessitam de fornecimentos estáveis de grãos, isso significará uma redistribuição dos mercados na economia global.
Sendo assim, o analista acredita que o dólar se tornará cada vez menos perceptível.
"Os países do BRICS já mudaram parcialmente para as liquidações mútuas em moedas nacionais em suas negociações. Agora, as opções para criar seu próprio sistema de pagamentos já estão sendo discutidas", ressaltou.
Deev também ressaltou que a criação, formação e o fortalecimento da nova moeda vão levar cerca de sete anos, e consequentemente, dentro de dez ou 15 anos, a hegemonia do dólar como moeda mundial poderá desaparecer completamente.