Panorama internacional

China recruta talentos em chips estrangeiros para contornar restrições dos EUA, segundo mídia

Chip Kunpeng 920
As fontes da Reuters apontam para um programa multifacetado da China para desenvolver a indústria de chips do país, mesmo com as tentativas de a restringir por parte dos EUA.
Sputnik
A China está buscando contratar engenheiros de outras nações para reforçar a produção local de chips diante das sanções impostas pelos EUA, informou na quinta-feira (24) a agência britânica Reuters.
Segundo a reportagem da mídia, a estatal chinesa Huawei, uma das maiores gigantes da tecnologia do país, está criando uma rede de fábricas secretas de semicondutores em todo o país.
Enquanto Washington tenta restringir o acesso da China à tecnologia avançada, Pequim retomou discretamente em 2020 o Plano de Mil Talentos (TTP, na sigla em inglês), uma iniciativa descartada em 2018 para recrutar os melhores cientistas treinados no exterior para importar a experiência na criação de chips.
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A nova iniciativa, agora chamada Qiming, é supervisionada pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, de acordo com a Reuters, que cita fontes anônimas, bem como documentos de políticas nacionais e locais de 2019 a 2023.
As fontes da Reuters detalharam que a Qiming está oferecendo subsídios para a compra de casas e prêmios de três a cinco milhões de yuans (R$ 2 milhões a R$ 3,33 milhões) para os que forem recrutados ao programa chinês.
A Qiming foi criada para ser executada em paralelo com outras iniciativas de recrutamento de autoridades locais e provinciais, além de um programa de contratação apoiada pelo governo pelas próprias empresas chinesas de chips, que favorecem candidatos treinados em instituições estrangeiras de elite, indicaram as fontes.
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