Panorama internacional

Deputado venezuelano: BRICS está se fortalecendo, enquanto EUA e Europa enfrentam crise estrutural

A adesão da Argentina, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã ao grupo BRICS demonstra o fortalecimento deste bloco, em contraste com a crise estrutural enfrentada pelos EUA e a Europa, disse à Sputnik o deputado venezuelano Jacobo Torres.
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"Este fortalecimento do BRICS é um momento-chave na construção de uma nova vida normal no mundo, no contexto da crise estrutural que o capitalismo mundial, liderado pelos EUA e seus aliados europeus, está vivendo hoje. [O BRICS] é uma alternativa viável para os povos do mundo", disse Torres, membro do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV).
De acordo com o interlocutor da agência, a inclusão da Argentina na associação reforçará a integração da América Latina e dos países da região afetados pelas sanções.

"Isso nos ajudará, em particular, a países como a Nicarágua, Cuba e Venezuela, que estão sujeitos a um bloqueio brutal há vários anos, será um elemento importante inclusive para quebrar o bloqueio […] Isso garantirá, como disse [o presidente do Brasil] Lula da Silva, que a integração latino-americana possa ficar fortalecida", acrescentou Torres.

Outra importante consequência da expansão do BRICS, segundo Torres, é a oportunidade de pôr fim à hegemonia do dólar: "Isso nos permitirá sair da má influência que o dólar tem tido nos últimos anos e substituí-lo por uma moeda mais estável, para que todos tenhamos estabilidade econômica em nossos países".
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A potencial criação de uma moeda comum do BRICS, de acordo com o deputado venezuelano, garantirá a igualdade econômica e uma nova etapa de relações econômicas internacionais harmoniosas.
Nesta quinta-feira (24), o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, anunciou o ingresso de mais seis países no BRICS: Argentina, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia. Os seis novos Estados-membros foram convidados a fazer parte do bloco a partir de 1º de janeiro de 2024.
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