Notícias do Brasil

Ex-assessor de Jair Renan é intimado a depor em operação que apura esquema de corrupção

Jair Renan Bolsonaro em evento de solenidade alusiva ao Dia Internacional contra a Corrupção, em 9 de dezembro de 2021, em Brasília (DF)
Filho caçula do ex-presidente é suspeito de fazer parte de esquema de associação criminosa e lavagem de dinheiro investigado pela Operação Nexum.
Sputnik
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) intimou Diego Pupe, ex-assessor de Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, a prestar depoimento nesta sexta-feira (25), no âmbito da Operação Nexum.
Deflagrada na última quinta-feira (24), a operação investiga um grupo suspeito de usar empresas de fachada e laranjas cujas atividades configuravam falsidade ideológica, venda ilegal de armas, associação criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro e crime contra a ordem tributária.
Segundo a investigação, eram usados no esquema o clube de tiros Academia de Tiro 357, frequentado por Jair Renan e Diego Pupe, e a empresa BR Eventos, que pertencia a Jair Renan até março.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de cerimônia do Dia do Exército, com a Imposição da Ordem do Mérito Militar e da Medalha Exército Brasileiro, em Brasília, DF, 19 de abril de 2022
Notícias do Brasil
Com apreciação em declínio, Forças Armadas não vão se mobilizar caso Bolsonaro seja preso, diz mídia
Os alvos da operação, segundo o g1, são Jair Renan, Maciel Alves de Carvalho, fundador do clube de tiros e instrutor de Jair Renan, Marco Aurélio Rodrigues e Eduardo Alves.
O principal investigado é Maciel Alves de Carvalho, acusado de ser o líder do esquema. Ele é suspeito de usar o clube de tiros como fachada para venda ilegal de armas e, de acordo com a investigação, chegou a ter dez CPFs registrados em seu nome. Com o depoimento de Pupe, a polícia busca apurar a relação entre Carvalho e Jair Renan.
Já Marco Aurélio Rodrigues, que figura como sócio-administrador do clube de tiros desde 2021 e da BR Eventos desde março deste ano, e Eduardo Alves, que está foragido, são suspeitos de atuar como laranjas no esquema.
De acordo com a PCDF, o grupo investigado criou a identidade fictícia chamada Antonio Amancio Alves Mandarrari, usada para abertura de contas bancárias e para figurar como proprietário de pessoas jurídicas na condição de laranja.
Jair Renan teve seu celular e HD apreendidos pela polícia na quinta-feira. Ele recebeu o apoio do irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que disse a jornalistas estranhar o envolvimento do nome do irmão na operação.
"Pelo que eu conheço do Renan, ele não tem a menor capacidade de fazer isso, ele está trabalhando. Me causa estranheza porque é uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro", disse o senador.
Comentar