Panorama internacional

Rastros das explosões nos gasodutos Nord Stream apontam para a Ucrânia, diz mídia alemã

Uma investigação detalhada pela emissora ZDF e a revista Der Spiegel, ambas da Alemanha, indica que, apesar de um aviso sobre o futuro ataque, o país europeu não tomou medidas de proteção extra.
Sputnik
As explosões nos gasodutos Nord Stream (Corrente do Norte) deixaram vestígios que levam à Ucrânia, não há provas da culpa da Rússia, informou na sexta-feira (25) a mídia.
A emissora ZDF e a revista Der Spiegel alemãs dizem haver cada vez mais evidências de que criminosos ligados a Kiev podem estar por trás dos ataques aos gasodutos. Citando dados técnicos, os veículos de imprensa dizem que eles estiveram na Ucrânia antes e depois das explosões no mar Báltico.
"Devido ao intervalo de tempo mencionado pelo informante ter passado e nenhum ataque ter ocorrido, a Alemanha não tomou nenhuma medida adicional para proteger o gasoduto em 2022", informou a mídia.
Em junho foi relatado pela mídia holandesa que a inteligência militar do país havia recebido informações de que um grupo de seis pessoas ligadas à Ucrânia estava preparando um ataque aos gasodutos, possivelmente em junho de 2022. Os holandeses passaram as informações para a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA, e os americanos informaram o Serviço Federal de Inteligência (BND, na sigla em alemão) da Alemanha.
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Os gasodutos Nord Stream, construídos para transportar gás sob o mar Báltico, da Rússia para a Alemanha, foram atingidos por explosões em setembro de 2022.
A Nord Stream AG, a operadora do gasoduto, disse que os danos não tinham precedentes, e que era impossível estimar o tempo que os reparos poderiam levar. A Alemanha, Dinamarca e Noruega deixaram a Rússia de fora de suas investigações sobre o ataque, o que levou Moscou a iniciar seu próprio estudo dos eventos.
Nenhum resultado oficial das investigações ainda foi anunciado, mas o jornalista investigativo norte-americano Seymour Hersh, vencedor do Prêmio Pulitzer, publicou em fevereiro de 2023 um relatório em que afirmava que as explosões foram organizadas pelos EUA com o apoio da Noruega. Washington negou qualquer envolvimento no incidente.
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