A expansão do BRICS desenvolverá a cooperação tecnológica e de investimentos no mercado de gás, para que os Estados-membros possam desenvolver conjuntamente suas próprias tecnologias ou equipamentos, prevê Ivan Timonin, consultor sênior da Implementa, à Sputnik.
Após a Cúpula do BRICS em Joanesburgo, a África do Sul, Brasil, China, Índia e Rússia, que compõem o bloco, convidaram oficialmente a Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã a aderir ao grupo. A entrada plena dos novos países pode começar em 1º de janeiro de 2024.
"Tendo em conta o impacto sobre o mercado de gás, a expansão do BRICS é de interesse não tanto em termos de reforço das relações comerciais, como em termos de desenvolvimento de cooperação tecnológica e de investimentos", disse Timonin.
O especialista citou, além da Rússia, o Egito e os Emirados Árabes Unidos como países grandes exportadores de gás natural liquefeito que se tornarão novos Estados-membros da organização, enquanto o Irã também está planejando entrar nesse mercado, sublinhou o especialista.
Ele acrescentou que uma das iniciativas dos novos Estados-membros do BRICS poderia ser, por exemplo, o desenvolvimento conjunto de suas próprias tecnologias de liquefação de gás e a produção dos equipamentos necessários.
As reservas de gás nos países do BRICS após a expansão esperada dobrarão para cerca de 50% das reservas mundiais, ou quase 94 trilhões de metros cúbicos, de acordo com cálculos da Sputnik baseados em dados estatísticos.