A Polícia Federal descobriu que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, realizou uma transação no dia 25 de julho, quando já estava preso, no valor de US$ 34.391 (R$ 161.664) que saiu de uma conta no banco Wells Fargo Bank, dos EUA, para sua conta no Brasil, segundo a CNN.
Anteriormente, no dia 12 de janeiro, R$ 367.374,56 foram transferidos para uma conta que também pertence ao tenente-coronel nos Estados Unidos, no banco BB Americas.
A conversão, considerando a taxa de câmbio de R$ 5,21, resultou em US$ 70.500. A movimentação aconteceu quatro dias após os ataques de 8 de janeiro, relata a mídia.
Em investigações em diferentes inquéritos, o caso mais recente aponta que Cid integrou um esquema de venda de presentes de luxo, dados ao governo brasileiro quando Jair Bolsonaro era presidente da República.
Bolsonaro e PIX
Neste sábado (26), o ex-presidente, Jair Bolsonaro, disse que não há irregularidade nas doações via PIX feitas por seus apoiadores nos últimos meses.
"O PIX começou em junho. É um absurdo acusar de lavagem de dinheiro. Não existe nada errado. Vão ver. Um milhão de pessoas fizeram doações", disse Bolsonaro à CNN.
Segundo apuração feita pela mídia, a Polícia Federal vai cruzar dados para tentar identificar todos os doadores dos R$ 17 milhões que o ex-presidente recebeu via o método de transferência, uma vez que os investigadores querem saber se houve fraudes e suspeitam de lavagem de dinheiro.
A PF ainda pretende fazer uma colaboração com o Ministério Público para acessar o Sistema de Investigação de Movimentações Interbancárias (Simba).
Um relatório produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de combate à lavagem de dinheiro do governo federal, aponta que o ex-presidente recebeu a quantia em sua conta pessoal nos primeiros seis meses deste ano.