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Políticas comerciais anti-China de Trump e Biden têm custos para os EUA, segundo pesquisa

Os EUA reduziram as importações da China nos últimos anos, mas os dados podem ocultar uma sobreposição das cadeias de suprimento, e os preços subiram para os consumidores americanos, cita a mídia.
Sputnik
A dependência dos EUA das cadeias de suprimentos ligadas à China não foi necessariamente reduzida e os consumidores enfrentaram custos mais altos apesar das políticas seguidas pelas administrações de Donald Trump e Joe Biden, segundo uma pesquisa apresentada no sábado (26) em um simpósio econômico do Fed, o banco central dos EUA.
A pesquisa, citada no sábado (26) pela agência britânica Reuters, concluiu que as tarifas dos EUA sobre produtos chineses, as políticas industriais recentemente promulgadas e a pandemia da COVID-19 desencadearam uma "grande redistribuição" nas cadeias de suprimentos, com a proporção das importações da China nos EUA diminuindo de 21,6% em 2016 para 16,5% em 2022, relataram Laura Alfaro, economista da Escola de Gestão de Harvard, Massachussets, e Davin Chor, professor associado da Escola de Gestão de Tuck, em Dartmouth, também em Massachussets.
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Ao mesmo tempo, os autores do estudo, que falaram durante um encontro anual de banqueiros centrais e economistas em Jackson Hole, Wyoming, EUA, sublinharam que os preços para os consumidores aumentaram, sem uma clara maior eficiência de fabricação nos EUA.
Eles mencionaram que o Vietnã e o México captaram grande parte do comércio realocado para fora da China, mas que o próprio gigante asiático reforçou o investimento nesses países, o que aumenta a probabilidade de reposição das fontes de produção na prática. Além disso, a política de espalhar as cadeias de suprimentos por vários países "podem expor empresas e países ao risco de interrupções" em eventos como pandemias ou mudanças na política tarifária.
Outra conclusão foi que o comércio geral "se manteve estável em pouco menos de 60% do Produto Interno Bruto mundial, em vez de entrar em queda livre", concluíram Alfaro e Chor, mesmo com os temores de desglobalização e fragmentação das economias em todo o mundo.
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