"Os ucranianos estão desmontando algumas das munições cluster [ou de fragmentação] recentemente obtidas dos EUA, a fim de converter os itens desmantelados em projéteis improvisados que podem ser lançados de pequenos drones", escreveu o autor.
De acordo com o jornalista, a situação foi evidenciada por um vídeo que apareceu na web. Acredita-se que as imagens tenham sido feitas pela unidade ucraniana Achilles, especializada em trabalhar com drones.
O jornalista observou que cortar a ogiva do projétil com um alicate levanta "preocupações de segurança". Ele disse que o processo de desmontagem manual do projétil no solo pode causar enormes danos. Ele acrescentou que os detonadores de munição convencional melhorada de duplo propósito (DPICM) mostrados no vídeo são extremamente "meticulosos" e podem detonar facilmente se manuseados incorretamente.
A Ucrânia recebeu munições de fragmentação dos EUA como parte de outro pacote de suprimentos militares. A sua utilização é proibida pela Convenção sobre Munições de Fragmentação, que 123 países ratificaram, mas os EUA e a Ucrânia não estão entre eles.
Ao explodir, as bombas de fragmentação ejetam munições menores, algumas das quais não detonam por razões técnicas, deixando assim os civis em perigo já que os projéteis não detonados se transformam em minas que podem matar ou mutilar pessoas muito depois de os combates terem terminado.