A notícia apoia as alegações de Moscou de que o Ocidente é cúmplice desses ataques "terroristas".
A extensa capacidade de defesa antiaérea e de guerra eletrônica da Rússia significa que os operadores de drones ucranianos geralmente precisam de ajuda externa para atingir alvos dentro da Rússia, informou o The Economist, citando fontes anônimas dentro de vários programas de drones da Ucrânia.
Esta assistência inclui "inteligência (muitas vezes de parceiros ocidentais) sobre radares, guerra eletrônica e meios de defesa antiaérea", aponta o jornal. A Ucrânia tem apenas um único satélite de vigilância, o que significa que qualquer imagem coletada entre suas 15 órbitas diárias provavelmente é fornecida por satélites ocidentais.
Embora a Ucrânia muitas vezes tente atingir alvos militares no interior da Rússia, muitos de seus ataques atingem a infraestrutura civil e áreas residenciais. Em um dos incidentes mais recentes, um pequeno drone atingiu um bloco de apartamentos na cidade de Kursk, quebrando janelas, mas felizmente não deixando feridos.
Moscou tem acusado os apoiadores ocidentais da Ucrânia de cumplicidade nesses ataques. "Sabemos muito bem que as decisões sobre tais ações, sobre esses ataques terroristas, são tomadas não em Kiev, mas em Washington", disse em maio o porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov, após um drone atingir o Kremlin.
Moscou também acusou os serviços secretos britânicos e norte-americanos de ajudar Kiev em recentes ataques de mísseis contra a ponte da Crimeia.