O Ministério Público da Alemanha emitiu na terça-feira (29) um mandado de prisão para um empresário alemão suspeito de fornecer componentes para drones Orlan-10 à Rússia, em violação das sanções.
A promotoria suspeita que o indivíduo, chamado Waldemar W., tenha fornecido componentes para a Rússia, supostamente para duas empresas de fachada civis. A entidade afirma que, após o início da operação militar especial, as entregas foram feitas por meio de terceiros países, incluindo os Emirados Árabes Unidos e a Lituânia.
Segundo a declaração, o valor total do equipamento fornecido para contornar as sanções foi de € 715.000 (R$ 3,77 milhões).
"Ontem [28], o gabinete do promotor federal obteve um mandado de prisão do juiz investigador para o cidadão russo-alemão Waldemar W.", divulgou o gabinete do promotor em um comunicado.
O suspeito, que está em prisão preventiva desde 9 de março, é acusado de violar repetidamente a Lei do Comércio Exterior.
De acordo com o órgão, Waldemar W. é o diretor administrativo de duas empresas no estado alemão de Sarre, que realizam comércio internacional de componentes eletrônicos. Ele supostamente vendeu 26 componentes eletrônicos para uma empresa russa que produz equipamentos militares entre janeiro de 2020 e março de 2023.
"Entre eles está o drone Orlan-10, que está sendo usado atualmente pelas Forças Armadas russas na Ucrânia. Os componentes que foram transferidos pelo acusado fazem parte de um drone desse tipo e se enquadram nos termos do Regulamento da UE sobre a Rússia (UE) nº 833/2014", informou o gabinete do promotor.
Na semana passada, o Ministério Público da Alemanha anunciou que um cidadão alemão havia sido preso por suspeita de assinar contratos para supostamente fornecer à Rússia máquinas para a produção de fuzis de precisão.