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Lula diz que vai falar com Biden sobre reforma no Conselho de Segurança da ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse novamente, nesta terça-feira (29), que pretende conversar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para obter apoio à campanha por uma vaga permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU).
Sputnik
Um dos pleitos diplomáticos mais antigos do Brasil deve ser defendido mais uma vez pelo presidente Lula em sua próxima conversa com o presidente norte-americano Joe Biden.

"Estou há mais de 15 anos brigando pela participação no Conselho de Segurança. Agora vou falar com meu amigo Biden 'você pode tratar de começar a defender o Brasil'", afirmou Lula fazendo referência à nova importância alcançada pelo país com o fortalecimento do BRICS, ainda no último sábado (26).

Em seu programa semanal Conversa com o Presidente, Lula ressaltou que a mudança no CSNU é fundamental para trazer uma nova representatividade para a ONU, que já não é a mesma de 1945, quando foi concebida.
"A gente quer renovar o Conselho de Segurança da ONU, os membros permanentes que são cinco, sabe, e nós queremos que entrem outro países para poder dar mais representatividade à ONU.[...] Então o Brasil quer entrar, a África tem países para entrar, a América Latina tem outros países, a Ásia tem, a Alemanha quer entrar, a Índia", afirmou Lula lembrando que falaria com Biden sobre o tema em uma próxima oportunidade.
Os líderes devem se encontrar na cúpula do G20, em Nova Deli, na Índia, e em setembro, nos Estados Unidos, para a Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), em Nova York.
De acordo com alguns ministros de Lula, as últimas declarações dos Estados Unidos foram mais favoráveis ao pleito brasileiro, o que poderia ser um bom momento para tentar avançar com o tema.
Ainda em janeiro, quando Lula fez uma visita à Casa Branca, os presidentes assinaram uma declaração em que "expressaram a intenção de trabalhar juntos para uma reforma significativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas, como a expansão do órgão para incluir assentos permanentes para países na África e na América Latina e Caribe, de modo a torná-lo mais representativo dos membros da ONU e aperfeiçoar sua capacidade de responder mais efetivamente às questões mais prementes relacionadas à paz e à segurança globais".
Durante a cúpula do BRICS, na pressão de Pequim pela expansão, um colunista do Valor Econômico destacou que o governo Lula viu oportunidade de arrancar compromissos envolvendo a reforma do CSNU, que continua sendo uma prioridade de sua política externa. O governo brasileiro acabou aceitando a entrada de outros membros no BRICS, mas ao custo do apoio chinês para o pleito brasileiro na ONU.

"O acordo é entre o conjunto das pessoas. O BRICS vai começar a se posicionar. O Xi Jinping tem um problema que eu sei histórico com o Japão. Mas todo mundo sabe que o Conselho de Segurança tem que mudar", afirmou Lula.

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