Panorama internacional

Quase 50 países têm interesse 'teórico' em aderir ao BRICS, diz Rússia

O chefe da Câmara de Comércio e Indústria da Rússia relatou um interesse significante de vários países em se juntar à organização, que já deverá ter seis novos membros a partir de 2024.
Sputnik
Quase 50 países expressaram interesse "teórico" em se juntar ao BRICS, e 17 já apresentaram pedidos formais, disse na segunda-feira (29) o chefe da Câmara de Comércio e Indústria da Rússia, Sergei Katyrin, à Sputnik.
"Há outras 17 solicitações de países que querem se juntar ao BRICS. Quanto aos desejos teóricos, expressos oralmente ou de alguma outra forma, mas ainda não confirmados pelos chefes de Estado, há quase 50 deles no total", detalhou Sergei Katyrin, que também é presidente da seção russa do Conselho Empresarial do BRICS.
O formato em que o BRICS opera não é comparável ao do G7 ou de qualquer outra associação ocidental, acrescentou o funcionário.
"Em contraste com eles, não temos nenhuma palestra moral ou condenação em nenhuma de nossas declarações ou documentos finais. Todo o nosso trabalho é voltado estritamente para o aprofundamento da cooperação. Não nos reunimos para nos aliarmos contra ninguém, mas apenas para sermos aliados, para darmos uns aos outros oportunidades de desenvolvimento acelerado", disse Katyrin.
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Ele disse que a agenda atual do BRICS inclui o uso de moedas nacionais no comércio global e em transações entre os Estados-membros do bloco. A implementação dessa iniciativa pela Índia e pela China já está mostrando bons resultados, acrescentou.
A última cúpula do BRICS foi realizada de terça-feira (22) a quinta-feira (24) em Joanesburgo, África do Sul, sob a presidência do país anfitrião. Durante o evento Cyril Ramaphosa, presidente sul-africano, fez um convite oficial a Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã para se juntarem ao BRICS. Ramaphosa anunciou que a adesão plena dos novos países terá início em 1º de janeiro de 2024.
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