Mais cedo, foi noticiado que o Palácio do Planalto começou a impulsionar a aprovação de uma PEC que proíbe militares de permanecerem na ativa quando disputarem eleições e que ocupem cargos no primeiro escalão do Executivo.
Entretanto, mais tarde, o governo Lula voltou atrás e retirou um trecho da PEC que vetava militares da ativa de exercerem cargos de ministros de Estado. A alteração foi comunicada pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), no Ministério da Defesa nesta quarta-feira (30). De acordo com ele, o diálogo com o ministro da Defesa, José Múcio, contribuiu para a mudança.
Ainda assim, fontes militares ouvidas pelo jornal O Globo, foi bem recebida pelas Forças Armadas, para eles "esse fechamento da porta giratória é do interesse dos militares, que querem a despolitização", diz a mídia.
Uma fonte do governo contou ao jornal que há alguns caminhos para esta medida possa ser feita, mas a definição é que haverá essaa proposta de não permitir que militares voltem ao quartel após período na política, mesmo que eles percam e só façam campanha.
O jornal ainda afirma que a fonte relatou que os militares vivem hoje uma "confusão" em que estão sendo atacados pela esquerda e pela direita. Pela esquerda porque acha que participaram da tentativa de golpe e da direita porque não deram um golpe.
Ao mesmo tempo, o nome das forças, principalmente a do Exército, se vê envolvida em escândalos, como o tenente-coronel Mauro Cid que responde a uma série de investigações e está preso, pelos militares que cooperaram com as invasões de Brasília e pela forma como as forças duvidaram do sistema eleitoral nas últimas eleições.