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Mídia: depoimentos de Mauro Cid complicam Bolsonaro e devem chegar a generais Heleno e Braga Netto

Fontes ouvidas pela imprensa afirmam que o tenente-coronel abordou a venda ilegal de joias e a tentativa de ruptura institucional em seu depoimento a agentes federais.
Sputnik
O depoimento do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal (PF) pode agravar a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos generais e ex-ministros Augusto Heleno e Walter Braga Netto.
É o que aponta uma fonte ouvida pelo blog da jornalista Andréia Sadi no g1. Cid passou por dois extensos depoimentos na sede da Polícia Federal, em Brasília, nos últimos dias. Na sexta-feira (25) ele passou seis horas sendo ouvido pelos agentes. Na segunda-feira (28), ficou na sede por dez horas.
Segundo a fonte, em seu depoimento Cid aborda o roteiro da tentativa de ruptura institucional, que veio à tona em junho, com a descoberta de uma minuta para decretação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em caso de derrota de Bolsonaro no pleito. A minuta foi encontrada pela PF durante uma vistoria no celular apreendido de Cid e previa ações para desconstruir a ordem democrática.
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O depoimento de Cid pode detalhar os nomes dos militares e ex-ministros envolvidos nas tratativas, bem como a localidade em que ocorreram as conversas. Segundo o blog, os nomes citados nos bastidores são os de Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Bolsonaro, e de Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa.
Cid também falou sobre a venda ilegal de joias presenteadas ao governo brasileiro durante a gestão Bolsonaro. Ademais, Cid deve abordar o encontro da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e de Bolsonaro com o hacker Walter Delgatti Neto.
Em depoimento à CPI que investiga os atos de 8 de janeiro, Delgatti afirmou que Bolsonaro o questionara sobre a possibilidade de grampear o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e promover uma operação fake nas urnas para simular a impressão de um voto falso. A PF quer saber se Cid teve participação ativa nas tratativas com o hacker.
Na última terça-feira (29), a Advocacia do Senado Federal autorizou os investigados pela CPI a fecharem acordo de delação premiada. Porém, até o momento, ainda não há indício de que um acordo será oferecido a Cid.
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