"O maior serviço que a UE pode prestar ao povo da Ucrânia é o de não manter a vã esperança de adesão em um momento futuro indefinido", diz o especialista.
Segundo ele, a Ucrânia não será aceita na união por causa do custo desse processo e do apoio ao devastado conflito militar do país. Kemp argumenta que a situação pode mudar se a alocação do orçamento da UE e o processo de tomada de decisão puderem ser substancialmente alterados, mas isso provavelmente não acontecerá.
Além disso, sua adesão perturbaria o equilíbrio de poder na União Europeia, que é apoiada pela Alemanha e pela França, uma vez que o país teria influência significativa por causa do tamanho de sua população, observa-se no artigo.
"Com alguns membros existentes a perder tanto em termos de benefícios econômicos e soberania nacional, as mudanças de longo alcance necessárias para admitir a Ucrânia certamente levariam muitos anos e talvez, finalmente, se revelassem inatingíveis", enfatizou o autor.
Em 28 de fevereiro de 2022, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky assinou um pedido de adesão à União Europeia. Os chefes de Estado e de governo da UE, em uma cúpula realizada em Bruxelas, em 23 de junho de 2022, aprovaram a concessão à Ucrânia e à Moldávia do status de candidatas à adesão. A Comissão Europeia, nas suas recomendações a Kiev, estabeleceu várias condições em que a Ucrânia ainda não teve muito sucesso.