"Nossa missão é estar em bons termos com tantos países quantos podemos", disse Aleksei Danilov, chefe do Conselho de Segurança da Ucrânia, ao Financial Times. "Estamos fazendo tudo o que podemos para que eles não apoiem a Rússia."
Nesse contexto, Aleksei Kharan, professor de política comparada da Universidade Nacional da Academia de Kiev-Mogila, afirmou que a diplomacia ucraniana com o Sul Global "está se tornando mais ativa, mais profissional e tem em conta uma maior especificidade" dos países com os quais tenta relacionar-se.
De acordo com publicação, para atingir o seu objetivo a Ucrânia procura ajuda da França. Assim, durante uma visita a Paris na terça-feira (29), o ministro das Relações Exteriores, Dmitry Kuleba, saudou "uma nova dinâmica" na busca de aliados fora dos EUA e da Europa.
"Usaremos as próximas sessões das Nações Unidas para organizar mais comunicação com países da África, Ásia e América do Sul", disse ele.
"Os esforços diplomáticos vêm à medida que o progresso na contraofensiva altamente esperada da Ucrânia para tentar expulsar a Rússia de seu território tem sido dolorosamente lento, criando tensões entre Kiev e seus aliados ocidentais liderados pelos EUA", escreve por sua vez o autor do artigo.
Além disso, o jornal destaca que "a Rússia também embarcou em sua própria campanha para reforçar o apoio internacional, inclusive na cúpula dos países do BRICS realizada na África do Sul na semana passada".
Durante o evento, o bloco, composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, anunciou que a Argentina, Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia se tornarão novos membros de pleno direito a partir de 1º de janeiro de 2024.
Após o alargamento, o produto interno bruto do BRICS representará 37% do PIB mundial e ele terá 46% da população mundial, garantiu o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.