Panorama internacional

Embaixador dos EUA no Japão visita Fukushima e espera apoio americano na disputa de frutos do mar

O embaixador dos EUA no Japão, Rahm Emanuel, visitou a região de Fukushima nesta quinta-feira (31) e disse a repórteres que espera que Washington apoie Tóquio caso a proibição da China aos frutos do mar japoneses se transforme em uma disputa na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Sputnik
O Japão começou a liberar água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima no oceano Pacífico na quinta-feira passada (24), levando a China, a maior parceira comercial do Japão, a impor uma proibição aos produtos aquáticos japoneses.
As autoridades japonesas sinalizaram a possibilidade de uma ação diplomática para instar a China a suspender a proibição, que o Japão diz não ser baseada em provas científicas, incluindo a apresentação de uma queixa à OMC.
"Se o Japão decidir fazer esse esforço, os Estados Unidos vão apoiá-lo não apenas porque são aliados, mas porque há legitimidade no caso", disse o embaixador, embora tenha acrescentado que não pode pré-julgar o que pode acontecer e esse apoio caberia, em última análise, às agências governamentais relevantes dos EUA.
Segundo a Reuters, o Japão exportou cerca de US$ 600 milhões (cerca de R$ 2,9 bilhões) em produtos aquáticos para a China em 2022, tornando-se o maior mercado para as exportações japonesas de marisco, seguido por Hong Kong, que anunciou a sua própria proibição das importações de marisco de dez regiões japonesas após a libertação da água de Fukushima.
O Japão procurou o fim imediato da proibição da China e se queixou de ter recebido um número imenso de telefonemas assediantes desde que tomou a decisão de despejar a água.
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O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, visitou o maior mercado de peixe de Tóquio no dia de hoje e disse que o seu gabinete elaboraria medidas para ajudar a indústria pesqueira no início da próxima semana.
De acordo a agência Nikkei, o governo japonês vai precisar de dezenas de milhares de milhões de ienes das reservas orçamentárias para este ano fiscal, para financiar as medidas.
Kishida disse a repórteres, após a sua visita ao mercado de peixe de Toyosu, que os pedidos da indústria incluíam apoio às empresas para desenvolverem novos mercados e para discussões com a China.
O governo criou dois fundos no valor de 80 bilhões de ienes (cerca de R$ 2,6 bilhões) para ajudar a desenvolver novos mercados e manter o excesso de peixe congelado até que possa ser vendido quando a procura for recuperada, entre outras medidas.
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