Reunidos na semana passada em Johanesburgo, os líderes dos países do BRICS decidiram convidar a Argentina, o Egito, o Irã, a Etiópia, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita para se tornarem membros plenos da organização. O grupo se expandirá formalmente em 1º de janeiro de 2024.
"Não penso que o objetivo da expansão do BRICS seja derrubar o dólar, mas é necessário garantir que o bloco possa ter acesso a financiamento e comércio que o dólar não fornece por várias razões", disse Studart.
Como exemplo, o especialista apontou a Argentina, que tem recursos naturais significativos, mas também tem grande dívida pública e, por isso, precisa de um influxo de moeda americana para servir a sua dívida.
"Portanto, chegar a um acordo que permita que a Argentina ou qualquer outro país em desenvolvimento continue a aumentar o comércio, criar empregos e atrair investimentos sem recorrer a uma moeda escassa e geradora de limitações é a solução", concluiu Rogério Studart.
O BRICS atualmente é composto por cinco nações: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.