Nesta semana, a administração do presidente dos EUA Joe Biden anunciou que pretende fornecer a Taiwan a primeira assistência militar, no valor de cerca de US$ 80 milhões (R$ 395 milhões), no âmbito do chamado Programa de Financiamento Militar Estrangeiro que, de acordo com o jornal chinês, geralmente é destinado a países soberanos independentes.
"Isso significa que os EUA cruzaram mais uma vez um limiar e ultrapassaram uma linha vermelha ao interferir na questão de Taiwan. Os EUA estão esvaziando gradualmente o princípio de Uma Só China através de sua tática de corte de salame [enfraquecimento pela segmentação dos seus componentes]. Com o aumento do número e da intensidade dos seus métodos de intervenção, a preparação e a tempestade iminente de consequências letais para Taiwan não podem ser ignoradas."
O artigo destaca que Washington provoca deliberadamente Pequim, estando bem ciente de que tais ações violam flagrantemente o princípio de Uma Só China. A liderança chinesa não abandona a possibilidade do uso de força, que será apenas uma resistência à interferência estrangeira.
"A forte insatisfação e a firme oposição da China são óbvias, mas a resposta da China às contínuas provocações dos EUA sobre a questão de Taiwan não se limitará a meras declarações", ressalta o jornal.
No mês passado, os Estados Unidos, que são os fornecedores de armas mais importantes de Taiwan, anunciaram um pacote de ajuda militar de US$ 345 milhões (R$ 1,7 bilhão) a Taiwan.