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Brasil e Bolívia formalizam agenda de investimentos em fábricas de fertilizantes

Vice-ministro da Agricultura, Irajá Lacerda, oficializou o acordo em viagem a La Paz. Brasil é o país com a maior demanda por fertilizantes do continente sul-americano.
Sputnik
As autoridades bolivianas e brasileiras formalizaram, nesta segunda-feira (4), uma agenda de investimentos em fábricas de produção de fertilizantes e acordos de exportação, informou o ministro de Hidrocarbonetos e Energias da Bolívia, Franklin Molina Ortiz.
"O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu o terceiro mandato em janeiro deste ano, vê a Bolívia como o melhor aliado para gerar investimentos em novas plantas industriais e até mesmo em uma planta petroquímica", disse a autoridade boliviana, ao concluir um encontro em La Paz com uma delegação brasileira.
A delegação brasileira foi chefiada pelo vice-ministro da Agricultura, Irajá Lacerda. Segundo um comunicado do Ministério de Hidrocarbonetos, Lacerda confirmou "o interesse do governo brasileiro em estabelecer laços comerciais para investimentos em fábricas de fertilizantes industriais e na compra de cloreto de potássio, ureia e fertilizante NPK (nitrogênio, fósforo e potássio)".
O Ministro do Desenvolvimento Rural e Terras, Remmy Gonzales Atila, fez a reunião de coordenação bilateral com o Ministério da Agricultura do Brasil, com a presença do vice-ministro Irajá Lacerda e do embaixador do Brasil na #Bolívia, Luís Henrique Sobreira.
A agenda energética bilateral também prevê a possibilidade de troca de experiências entre as duas nações, para o desenvolvimento da indústria de biocombustíveis e da produção de etanol e metanol.
O Brasil é o país com a maior demanda por fertilizantes do continente sul-americano, devido à grande quantidade de terras produtivas que possui e aos planos para expandir sua agricultura em mais de 40 milhões de hectares.
A Bolívia começou a produzir fertilizantes em setembro de 2017, fazendo ureia na fábrica Marcelo Quiroga Santa Cruz, localizada no departamento de Cochabamba, no centro da Bolívia, com um investimento de US$ 950 milhões (cerca de R$ 4,6 bilhões).
Atualmente está projetada a construção de uma segunda fábrica. A ureia é o fertilizante nitrogenado mais utilizado nas culturas de arroz, milho, trigo e cana-de-açúcar, entre outras, e é o mais empregado em todo o mundo.
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