Operação militar especial russa

Fabricante de armas finlandês considera realocar parcialmente sua produção para a Ucrânia, diz mídia

A Finlândia já enviou assistência militar à Ucrânia no valor de quase US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 7 bilhões) desde o início da operação militar especial russa. Moscou alertou repetidamente que tal assistência só contribuiria para o prolongamento do conflito.
Sputnik
O fabricante finlandês de veículos blindados Patria Group está considerando aceitar propostas para estabelecer parte de sua produção na Ucrânia, informou Defense News.
Comentando o assunto, um funcionário não identificado do Ministério da Defesa finlandês não confirmou nem negou a notícia.
"Em geral, sabemos que a Ucrânia está interessada nos produtos da indústria de defesa finlandesa e que ocorreram discussões para promover a cooperação bilateral em matéria de material entre administrações e empresas. Foram solicitadas licenças de exportação comercial e a administração de defesa acelerou o procedimento para lidar com eles", acrescentou o funcionário.
O Patria Group também manteve silêncio sobre o assunto, dizendo apenas que a empresa não poderia comentar as discussões em andamento.
Os desenvolvimentos seguem em meio ao esforço da Finlândia para continuar a fornecer equipamentos militares à Ucrânia, à medida que a Rússia prossegue a sua operação militar especial.
No final de agosto, o presidente finlandês, Sauli Niinisto, aprovou o 18º pacote de apoio do seu país à Ucrânia, no valor de cerca de € 94 milhões (cerca de R$ 500,5 milhões), elevando o montante total do apoio de Helsinque ao país para quase € 1,3 bilhão (quase R$ 7 bilhões).
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O movimento da empresa foi precedido pela promessa do Ministério da Defesa finlandês de que forneceria à Ucrânia mais assistência militar, incluindo três veículos blindados de remoção de minas Leopard 2, elevando o número total para seis.
Moscou alertou repetidamente que os países da OTAN "brincam com fogo" ao fornecer armas a Kiev, o que, segundo o Kremlin, contribui para prolongar ainda mais o conflito na Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, por sua vez, ressaltou que qualquer carga com armas para a Ucrânia se tornará um alvo legítimo para as forças russas.
De acordo com a mídia, os planos do Patria Group de começar a produzir armas na Ucrânia surgem em meio a fracassada contraofensiva de Kiev, descrita pelo presidente russo, Vladimir Putin, como um "fracasso" para as forças ucranianas, e não como um impasse.
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