Em um relatório recente, o centro avaliou as dificuldades enfrentadas pela Ucrânia no quarto mês da contraofensiva.
Assim, segundo ele, as tentativas de um rápido avanço levaram a "taxa insustentável de perda de equipamento", mas a concepção dos veículos de combate permite evitar um grande número de perdas humanas.
"É vital que as frotas de equipamentos móveis ucranianas possam ser recuperadas, reparadas e mantidas em condições de funcionamento", continua o relatório.
Os analistas também admitem que o avanço das tropas ucranianas é tão lento – apenas 640–1.000 metros a cada cinco dias – que as forças russas têm tempo para se reposicionar.
"Em outras palavras, a Rússia alcançou o sucesso tático na prevenção do avanço", cita a mídia as conclusões dos especialistas.
De acordo com suas informações, as tropas russas aumentaram a profundidade de seus campos minados, distribuíram os sistemas de guerra eletrônica e tornaram-se mais precisas na direção de seu poder de fogo.
Segundo a publicação, os analistas também acreditam que para a Ucrânia será útil estudar os meios tecnológicos para a detecção de minas.
Além disso, a formação do pessoal é essencial. Mas somente se o treinamento estiver de acordo com a estrutura ucraniana, "em vez de ensinar métodos da OTAN que são projetados para forças configuradas de forma diferente".
A Newsweek recorda que os soldados ucranianos que foram treinados de acordo com as normas da OTAN admitiram que não se sentiam à vontade quando confrontados com tropas russas melhor equipadas. Um soldado disse mesmo que os oficiais da OTAN simplesmente não entendiam as realidades no terreno.
De acordo com os analistas militares, o treinamento da OTAN é mais focado na condução de guerra urbana. Isso significa menos atenção a outras capacidades críticas, como a expulsão do inimigo para fora das trincheiras, formação de equipes de assalto e coordenação de suas ações com o apoio de drones e artilharia.
Assim, de acordo com as conclusões dos especialistas do RUSI, o Ocidente precisa garantir uma vantagem no poder de fogo para a Ucrânia através da produção adequada de munição e peças de reposição.
"É vital que os parceiros da Ucrânia ajudem o país a se preparar para os combates de inverno e as temporadas de campanha subsequentes agora mesmo, se quiserem manter a iniciativa em 2024", enfatiza a publicação.