"Com ambos os presidentes chinês e russo ficando longe da reunião de dois dias em Nova Deli [na cúpula do G20], a UE quer aproveitar o momento", informam pessoas familiarizadas com os preparativos para a cúpula.
Assim, de acordo com elas, a UE quer mostrar que leva a sério redefinir a sua parceria com África, apesar do doloroso legado do colonialismo.
Segundo as fontes da publicação, entre aqueles que devem participar das reuniões estão a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.
Do lado africano, os participantes incluirão a África do Sul, bem como o Egito, a Nigéria e Comores, o atual país presidente da União Africana.
Assim, a agência relata que a agenda das reuniões incluirá tópicos como as possíveis consequências da suspensão do acordo de grãos, os esforços para reformar a arquitetura financeira global, a melhoria das condições para investimentos privados e projetos de infraestrutura na África, bem como a situação na região do Sahel.
Ao mesmo tempo, o chanceler alemão Scholz também quer aproveitar a reunião para preparar a conferência internacional a ser realizada em Berlim em 20 de novembro, na qual os líderes europeus e africanos querem promover a iniciativa que visa melhorar o ambiente para o investimento sustentado do setor privado nos países africanos, incluindo em infraestruturas.
A Cúpula de Líderes do G20, que vai acontecer entre os dias 9 e 10 de setembro, em Nova Deli, na Índia, vai ser marcada pela divisão do grupo das maiores economias do mundo em função da operação militar especial da Rússia na Ucrânia.