Na quarta-feira (6), o coordenador de Comunicações Estratégicas do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, disse que as munições de urânio empobrecido não eram radioativas nem cancerígenas.
"O que é: mentira ou bobagem? [Os cientistas] mencionaram isso várias vezes e há artigos independentes dizendo que o urânio empobrecido é tóxico e perigoso para os humanos quando está na forma de poeira radioativa e o efeito da contaminação por isótopos radioativos dos solos também foi levantada", escreveu Zakharova no Telegram.
A taxa de diagnósticos de câncer aumenta em locais onde foram usadas munições de urânio empobrecido, lembrou a diplomata. Isto foi vivido por soldados italianos que participaram no bombardeio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Iugoslávia, acrescentou Zakharova.
"De 7.500 pessoas expostas a substâncias tóxicas e radiação, 372 pessoas morreram, o que representa uma taxa de mortalidade de 5% ou um resultado fatal para cada 20 pessoas. Além disso, morreram de complicações agonizantes do câncer, como disfunção renal, câncer de pulmão, câncer ósseo, câncer de esôfago, doenças degenerativas da pele, linfoma de Hodgkin e leucemia", disse a representante do ministério russo.
Segundo Zakharova, os sérvios, vítimas dos bombardeios da OTAN, também sofreram com as munições de urânio empobrecido uma vez que o Ministério da Saúde sérvio afirmou ter identificado um aumento de doenças como o câncer, a infertilidade nos homens, doenças autoimunes de um amplo espectro de patologias, complicações patológicas de gravidez e doenças mentais em crianças nas regiões bombardeadas pela Aliança Atlântica.
Na quarta-feira, o Departamento de Defesa dos EUA anunciou um novo pacote de ajuda militar de US$ 175 milhões (cerca de R$ 870,7 milhões) para a Ucrânia que inclui munições de urânio empobrecido para tanques Abrams, bem como equipamento de defesa aérea e munições de artilharia de 155 mm.