Provar o fruto dessa árvore altamente tóxica pode ter consequências terríveis para os seres humanos e pode até ser fatal. O último caso de pessoas afetadas por essa planta ocorreu na segunda-feira (4), depois que um casal de turistas espanhóis foi hospitalizado após provar essa fruta na cidade de Cartagena, capital do departamento de Bolívar, na Colômbia.
As frutas da mancinella são distribuídas principalmente nas áreas costeiras do Caribe, América Central e partes da América do Sul. Ela cresce em manguezais, praias arenosas e florestas costeiras, sendo parte integrante desses ecossistemas.
Sua toxicidade é tanta que mesmo abrigar-se debaixo dessa árvore para se proteger da chuva pode provocar eczemas e outras lesões devido ao contato da seiva com a pele ou os olhos.
A fruta, que causa o envenenamento, é verde e tem cheiro e sabor semelhantes aos da maçã. No entanto, suas toxinas causam azia, dificuldade para respirar devido ao inchaço do trato respiratório, sangramento no trato digestivo e até mesmo a morte, explicou o médico do Centro de Regulação de Emergências de Bolívar, Álvaro Cruz, em um vídeo publicado na rede social X (antigo Twitter).
"A fruta tem sabor e cheiro agradáveis parecidos com os da maçã. Quando a prova, não detecta nenhum problema e só depois de algumas horas é que começa a sentir os sintomas", disse Cruz.
No entanto, embora a "árvore da morte" seja perigosa, ela pode ser muito útil. Sua madeira, colhida e seca ao sol, é ideal para a fabricação de móveis, e sua seiva era usada para impregnar flechas com veneno quando os aborígines iam caçar. A casca também pode ser usada para tratar edema e pode ser a chave para descobertas científicas.