Os países do G20 desenvolveram uma abordagem unificada sobre o conflito na Ucrânia, reporta nesta quinta-feira (7) a agência norte-americana Bloomberg, citando um funcionário francês.
"Todos os países do G20 chegaram a uma abordagem unificada em relação à guerra na Ucrânia", cita a Bloomberg, acrescentando que não foi encontrado um acordo com a Rússia.
A presidência da Índia no G20 propõe um projeto de declaração sobre a Ucrânia, que não condena a operação militar especial russa, sendo a discussão da minuta "muito complicada", informou também a emissora norte-americana CNN, citando uma fonte da União Europeia (UE).
"A dificuldade para nós é que a Rússia e a China se recusaram a repetir as palavras que tínhamos em Bali, e nós não podemos concordar com isso", disse o funcionário da UE à mídia, em referência à Cúpula do G20 de 2022 na Indonésia, onde os líderes emitiram uma declaração que condenava a operação militar especial da Rússia na Ucrânia.
O funcionário da UE disse que o projeto da declaração sobre a Ucrânia deveria ser mais "aprofundado".
"[O projeto] é insuficiente para o G7, a União Europeia e nossos membros porque não vai longe o suficiente", segundo a fonte.
Anteriormente, John Kirby, porta-voz da Casa Branca, disse que os Estados Unidos esperavam ter uma declaração conjunta dos participantes no final da Cúpula do G20 na Índia, mas reconheceu as dificuldades para conseguir isso, citando a oposição da Rússia e da China.
A Cúpula dos líderes do G20 será realizada no sábado (9) e no domingo (10) em Nova Deli, Índia. Os líderes dos países do G20 e de outros nove Estados, Bangladesh, Cingapura, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Ilhas Maurício, Nigéria, Omã e Países Baixos, foram convidados a participar.