O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, anunciou que viajará para o Rio Grande do Sul no próximo domingo (10) para acompanhar a situação gerada pela passagem de um ciclone extratropical nesta semana.
A passagem do ciclone afetou 79 municípios gaúchos e causou pelo menos 41 mortes. O episódio já é considerado a pior tragédia natural do estado. Segundo a Defesa Civil do RS, mais de 1,6 mil pessoas estão desabrigadas, 3 mil estão desalojadas e mais de 52 mil foram afetadas de alguma forma.
A viagem de Alckmin ao Rio Grande do Sul vem na esteira de uma polêmica envolvendo a ausência do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, no estado. Lula viajou para a Índia para participar da cúpula do G20, em Nova Deli, e não compareceu aos municípios afetados, como é de costume entre presidentes diante de tragédias de grandes proporções.
A viagem de Lula para a Índia estava prevista na agenda do presidente e marca um ponto importante dos planos do governo federal para a política externa. Isso porque o Brasil está às vésperas de assumir a presidência do G20, evento marcado para dezembro. A expectativa do governo é aproveitar o encontro deste ano para projetar uma nova imagem do Brasil e apresentar o país como ator relevante na mesa decisória.
Contudo Lula foi alvo de uma onda de críticas nas redes sociais, em especial por parte de eleitores e partidos de oposição, que acusavam o chefe de Estado de ser insensível com a tragédia gaúcha.
Em contraponto, outros usuários das redes sociais destacaram que Lula, logo após a tragédia, mobilizou ministros, contatou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e disponibilizou todo o aparato do governo federal para auxiliar nas operações de resgate e reconstrução da infraestrutura e das moradias afetadas.