O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, disse nesta sexta-feira (8) que os aliados de seu país aliviaram as sanções contra Rússia e pediu um esforço renovado para impor novas medidas punitivas a Moscou, segundo a Reuters.
"Neste momento, vemos uma pausa muito longa por parte dos nossos parceiros em termos de sanções, e tentativas russas muito ativas de escapar das sanções."
O presidente ainda destacou os pontos que Kiev está insatisfeita com vendas de bens petrolíferos russos no Ocidente e pede sanções mais duras economicamente: "Existem três prioridades: novas sanções contra o setor energético da Rússia, restrições reais ao fornecimento de chips e microelectrônica em geral aos terroristas e bloqueio contínuo do setor financeiro da Rússia".
"A ofensiva mundial de sanções deve ser retomada!", acrescentou.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Oleg Nikolenko, havia dito anteriormente que a Ucrânia rejeitou qualquer sugestão de flexibilização das sanções contra a Rússia como parte dos esforços para restaurar o acordo apoiado pela ONU para transportar grãos através do mar Negro.
Os apelos do líder ucraniano se dão em um momento de crescente insatisfação entre os europeus com o impacto das sanções contra a Rússia dentro da União Europeia, onde várias pessoas têm protestado contra seus governos por conta dos efeitos amargos da ajuda à Ucrânia e da política antirrussa.
Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (8) pela mídia da Áustria mostrou que mais da metade dos austríacos acreditam que as sanções contra a Rússia acabam prejudicando os cidadãos da própria União Europeia.
No levantamento, conduzido pelo Instituto para Novas Respostas Sociais, 54% dos mais de mil entrevistados denunciaram os impactos negativos das políticas antirrussas da UE, enquanto 21% disseram não ver efeitos negativos nem positivos e apenas 12% afirmaram acreditar em consequências positivas.